
11 de março de 1852, no Rio de Janeiro.
13 de agosto de 1911.
Jornalista, romancista, contista e dramaturga
Emília Moncorvo Bandeira de Melo foi uma jornalista, romancista, contista e dramaturga, ela se dedicou também à poesia e à crítica. Além disso ela possuía vários pseudônimos, sendo um deles a Carmem Dolores. A Carmem publicou diversas crônicas no jornal O Paiz, entre 1905 e 1910. Ministrou conferências e escreveu peças teatrais.
Verbetes
uma noite destas, já perto das duas horas da madrugada, esperando pacientemente um elétrico à esquina da Rua Paissandu e Marquês de Abrantes. O cenário era de luxo material, ao mesmo tempo que de magnificiência natural – a rua toda aristocrática, prédios bonitos dentro e jardins bem tratados, um silêncio nobre e essa admirável e dupla fila de formosas palmeiras, erguendo soberbamente até as nuvens o seu vigilante perfil de sentinelas de casas ricas. [...] O nosso ar de civilização encantava-nos. Acresce que, na minha pupila, a visão persistia de uma linda sala iluminada e hospitaleira, vibrante, moderna, em que se conversara, rira e se fizera música, numa fina fusão mundana e intelectual. Um conto ou apólogo, espirituosamente dito por voz conhecida, sonoros versos juvenis, o sussuro alegre das conversações, dos risos, os sons do grande piano dedilhado com arte ou de uma voz feminina interpretando músicas brasileiras – tudo cantava ainda ao meu ouvido, como encantadora nota do chic, do modernismo. Eu saíra de um salão parisiense aperfeiçoado pela cordialidade da nossa raça mais sincera. E exultávamos, gabando nosso progresso em todos, todos os terrenos
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