Grajaú
O Bairro Grajaú está situado na Zona Norte do Rio de Janeiro, tendo sido planejado nas primeiras décadas do século XX, sendo construído sobre um vale conhecido como Vale dos Elefantes. Hoje em dia ele é caracterizado como um bairro residencial de classe média, bem arborizado e tranquilo. Há nesse bairro uma Reserva Florestal, com um parque que dispõe de espaços para caminhadas. O bairro Grajaú foi palco da crônica “A desinibida do Grajaú” de Sérgio Porto, sendo retratado por sua quietude e por seu caráter bucólico:
“No Leme passara os últimos dez anos, num apartamento muito confortável, que dividia com uma amiga.”
(PORTO, 2011, p. 1141).
Tijuca e arredores – a Floresta da Tijuca
Ocupando destaque no século XIX, a Floresta da Tijuca, hoje representa uma das maiores florestas urbanas do mundo. O Parque Nacional da Tijuca possui diversas opções de lazer e atividades artísticas. No século XIX foi cenário para muitas narrativas literárias e constituía um espaço bucólico por excelência:
As horas iam pingando uma a uma, o sol caía, as sombras da noite velavam a montanha e a cidade. Ninguém me visitava...
Em outro trecho, Machado aponta a Floresta da Tijuca, como refúgio da cidade:
No dia seguinte partiu Félix para a Tijuca, onde tinha uma casa de recreio e refúgio...
O Lazareto, em São Cristóvão
Disponível em: SciELO - Brasil - Edifício colonial construído pelos jesuítas
O Lazareto, em São Cristóvão, conhecido como um hospital às margens da Gamboa, foi o lugar onde se isolavam os africanos recém-chegados, para curá-los, segundo o pensamento da época. Em A muito leal e heróica cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, Castro Maya aponta a descrição do Lazareto feita pelo vice-rei conde da Cunha:
Está à borda d’água para comodidade de sua serventia; tem um rio d’água doce pela porta para banhos; tem grandes chãos para horta...
Palácio da Quinta da Boa Vista
Disponível em: https://acasasenhorial.org
O Palácio da Quinta da Boa vista, que já foi residência do Príncipe Regente D. João VI, quando houve a transladação da família real para o Brasil, tendo sido, posteriormente, residência dos Imperadores D. Pedro I e D.Pedro II. O Palácio abriga o Museu Nacional e anexo às suas instalações há uma grande área que funciona como um parque, além do Bioparque Rio.
A mudança do Príncipe Regente para a Quinta muito concorreu para o desenvolvimento levado ao bairro de S. Cristóvão e zonas adjacentes… Daí por diante, no que começava a ser a Cidade Nova, ainda predominavam os alagadiços…
Dois caminhos levavam a S. Cristóvão. Um dêles, o mais curto era o chamado Caminho das Lanternas, apenas uma estreita faixa de terra através do extenso mangue. O nome lhe veio de uma fieira de lampiões fincados à sua beira e que, à noite, indicavam as pranchas de madeira por onde deveriam correr os coches reais. Quanto ao outro, muito mais longo, mas mais cômodo e pitoresco, porque se fazia sempre por terreno enxuto e verdejante, partia de Catumbi e fraldejava os morros. (CRULS, 1949, p. 61).
Méier
Bairro Méier. Disponível em: História do Méier–O orgulho do subúrbio e dos suburbanos - Diário do Rio de Janeiro (diariodorio.com)
O Méier é um bairro histórico do Rio de Janeiro, conhecido por ter sido o centro da "Área de Engenhos" e por causa disso, o seu comércio e os serviços disponíveis puderam avançar, e hoje é um bairro de classe média e média alta. O autor Lima Barreto apresenta um subúrbio em constante desenvolvimento e expansão, e exalta do Méier como grande orgulho do subúrbio carioca, mostrando como era um bairro vivo e rico.
É o Méier o orgulho dos subúrbios e dos suburbanos. Tem confeitarias decentes, botequins frequentados...
Ramos
Ramos se encontra na Zona da Leopoldina, no seu passado foi o local dos engenhos de açúcar do século XVIII, e também experimentou o a explosão do café do século XIX. Hoje em dia é um bairro tradicional carioca e uma das principais moradias do samba e do chorinho. Este Bairro também aparece na crônica, Na noite do subúrbio, e Constallat apresenta o bairro do Ramos sob uma comparação entre o subúrbio e a cidade, deixando bem evidente as diferenças brutais de ambos os locais na década de 20.
O sono dos subúrbios é um sono pesado, é um sono triste. Nas ruas muito largas, muito esburacadas e quase escuras de Ramos, aquelas simples casas caiadas, que não vêem passar um automóvel, um bonde, um caminhão, têm o ar lúgubre das casas abandonadas. A população é uma população exausta que faz duas viagens por dia, muitas vezes em pé, nos carros repletos da Leopoldina...
Ilha do Bom Jesus
Foto Hailey Pacheco de Oliveira. Disponível em: Ilha do Bom Jesus da Coluna
A Ilha do Bom Jesus da Coluna fica localizada na Baía da Guanabara, atualmente parte da Ilha do Fundão, Cidade Universitária, campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 1704, pela presença dos padres franciscanos ficou conhecida como ilha dos frades. O hospital e a Igreja datam de 1705 e durante o período do Reinado de D.João VI abrigou o hospital para portadores de hanseníase. Posteriormente, foi o local que abrigou o Asilo dos Inválidos da Pátria, para onde foram destinados os combatentes da Guerra do Paraguai e por terem retornado mutilados, estes ficaram conhecidos como os “inválidos da pátria.”
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